Foi só decidir começar a escrever que os sonhos evaporaram... acordo com uma vaga sensação do que andei a fazer durante a noite e mais nada...
Acordo cansada, devo andar a fazer as limpezas de primavera durante a noite, ou não, ainda não brilham as pratas nem reluzem os cristais, e o musgo das escadas andei a tirá-lo bem acordada, ainda sinto no calo da aliança a forma do cabo da vassoura.
Alguma coisa estranha se anda a passar, ontem desapareceu o sal quando estava a fazer o almoço, perguntei ao marido e à filha (sexta-feira santa, a malta toda em casa), ao que esta me responde, "já viste no frigorífico, mãe?", e lá estava ele, ao lado do pacote de leite. Os detergentes, que ficam guardados na porta ao lado, já é habitual (os detergentes querem-se fresquinhos), mas o sal?! Ai Maria... mais uma para juntar aos óculos de ver "ó" perto.
Só queria apagar um blog que nunca comecei...
Após cinco anos tropecei outra vez no blog que nunca comecei... está na hora de escrever... Os meus dias são agitados, as minhas noites são um turbilhão de sonhos, quase sempre esquecidos nas primeiras horas da manhã. Vou partilha-los aqui, de vez em quando, sempre que me apetecer, reais ou imaginárias, de ontem ou do ano passado.
sábado, 15 de abril de 2017
quinta-feira, 13 de abril de 2017
Esquecido na infância
Tenho uma casa, não, um café, um espaço comercial. Com música e ambiente noturno. Vai ser explorado pelo meu namorado, acho que gosto dele mas não tenho a certeza. É como se não tivesse opção.
Conheço-o, mas já não é ele, é outro, o Adélio. O Adélio? Que estranho, ele é mais novo do que eu, bem sei que não é muito, é da idade do meu irmão, quatro anos de diferença. Não entendo porquê, mas aceito facilmente.
Começa o dia e ele chega, visita o espaço, faz tudo para me agradar. É gentil e atencioso, um belo rapaz, acho que posso vir a gostar dele, agrada-me a ideia.
O espaço é interessante, ao fundo da rua, tem uma parte para habitar, um dos quartos tem uma casa-de-banho "embutida", bem decorado, intimista. Mostro-lhe a casa, está acompanhado por alguém, uma mulher, a irmã, julgo eu.
O Adélio é um anjo que está no céu desde os meus nove anos, tinha cinco anos. Era uma criança com dificuldades cognitivas e irmão gémeo de uma menina, hoje mulher, que, tanto quanto sei está a viver nos Estados Unidos.
Conheço-o, mas já não é ele, é outro, o Adélio. O Adélio? Que estranho, ele é mais novo do que eu, bem sei que não é muito, é da idade do meu irmão, quatro anos de diferença. Não entendo porquê, mas aceito facilmente.
Começa o dia e ele chega, visita o espaço, faz tudo para me agradar. É gentil e atencioso, um belo rapaz, acho que posso vir a gostar dele, agrada-me a ideia.
O espaço é interessante, ao fundo da rua, tem uma parte para habitar, um dos quartos tem uma casa-de-banho "embutida", bem decorado, intimista. Mostro-lhe a casa, está acompanhado por alguém, uma mulher, a irmã, julgo eu.
O Adélio é um anjo que está no céu desde os meus nove anos, tinha cinco anos. Era uma criança com dificuldades cognitivas e irmão gémeo de uma menina, hoje mulher, que, tanto quanto sei está a viver nos Estados Unidos.
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