sábado, 15 de abril de 2017

E mais nada!

Foi só decidir começar a escrever que os sonhos evaporaram... acordo com uma vaga sensação do que andei a fazer durante a noite e mais nada...
Acordo cansada, devo andar a fazer as limpezas de primavera durante a noite, ou não, ainda não brilham as pratas nem reluzem os cristais, e o musgo das escadas andei a tirá-lo bem acordada, ainda sinto no calo da aliança a forma do cabo da vassoura.
Alguma coisa estranha se anda a passar, ontem desapareceu o sal quando estava a fazer o almoço, perguntei ao marido e à filha (sexta-feira santa, a malta toda em casa), ao que esta me responde, "já viste no frigorífico, mãe?", e lá estava ele, ao lado do pacote de leite. Os detergentes, que ficam guardados na porta ao lado, já é habitual (os detergentes querem-se fresquinhos), mas o sal?! Ai Maria... mais uma para juntar aos óculos de ver "ó" perto.


quinta-feira, 13 de abril de 2017

Esquecido na infância

Tenho uma casa, não, um café, um espaço comercial. Com música e ambiente noturno. Vai ser explorado pelo meu namorado, acho que gosto dele mas não tenho a certeza. É como se não tivesse opção.
Conheço-o, mas já não é ele, é outro, o Adélio. O Adélio? Que estranho, ele é mais novo do que eu, bem sei que não é muito, é da idade do meu irmão, quatro anos de diferença. Não entendo porquê, mas aceito facilmente.
Começa o dia e ele chega, visita o espaço, faz tudo para me agradar. É gentil e atencioso, um belo rapaz, acho que posso vir a gostar dele, agrada-me a ideia.
O espaço é interessante, ao fundo da rua, tem uma parte para habitar, um dos quartos tem uma casa-de-banho "embutida", bem decorado, intimista. Mostro-lhe a casa, está acompanhado por alguém, uma mulher, a irmã, julgo eu.


O Adélio é um anjo que está no céu desde os meus nove anos, tinha cinco anos. Era uma criança com dificuldades cognitivas e irmão gémeo de uma menina, hoje mulher, que, tanto quanto sei está a viver nos Estados Unidos.